domingo, março 13, 2005

The Kills

Por muito que queiram o duo Britânico The Kills, formado por VV e Hotel, não conseguem fugir a comparações com os americanos White Stripes. Além de serem mais uma banda de Post-Punk ainda são formados por um casal/dupla tal como a banda de Detroit.
A imprensa britanica anda sempre a tentar achar alternativas ao de que melhor se faz nos States, e viu neles mais uma óptima alternativa. Claro que eles perdem com isso, uma vez que é dificil igualar albuns como "White Blood Cells" ou "Elefant" que na minha opinião estão entre os melhores albuns dos ultimos anos.
Em "Now Wow" eles conseguem dar a volta ao que seria lógico e previsivel. É um puro disco de rock n´roll, directo, objectivo, não existem muitos rodriguinhos á volta da musica deles, quando ouvimos este album percebemos logo a ideia. A guitarra continua suja como se de uma banda de garagem se tratassem, mas desta vez temos um acentuamento de um outro instumento, a bateria. Os The Kills adicionam uma serie de riffs de bateria feitos por computador que precorrem o disco do principio ao fim. É um album negro e sombrio que também vai buscar muitas influências aos blues.
Prestem atenção a "The Good Ones" que talvez seja um dos singles do ano.
Peço desculpa por não ter aparecido muito no blog, mas agora vou tentar aparecer mais vezes.

quarta-feira, março 09, 2005

The Mars Volta

Não há duvidas nenhumas como os Mars Volta são uma das bandas mais tecnicistas do mundo neste momento. Os Mars Volta aproximam-se dos limites do rock pogressivo, e pelo caminho visitam o funk, o metal, o jazz, o punk...
Em " Frances the Mute" nota-se que eles estão muito mais á vontade do que em "De-Loused in the Comatorium".Conseguem libertar-se do fantasma dos At the drive-In, com os quais era impossivel não fazermos comparações, depois destes terem sido uma das bandas mais importantes destes ultimos anos. Apesar de no primeiro terem andado por caminhos poucas vezes precorridos, agora conseguem ir muito mais longe. O disco é composto por apenas 5 musicas, das quais apenas uma a podemos considerar...normal. Falo de "The Widow" que já pode ser ouvido por aí á algum tempo, tendo sido lançada como single. As outras 4 têm todas para cima de 12 minutos ( com a ultima a durar 31 minutos). Cada uma delas é composta por um grande numero de referencias, que vão desde Led Zeppelin a Carlos Santana passando por Frank Zappa ou até mesmo Pink Floyd. Aqui nota-se muito mais o trabalho do guitarrista Omar Rodriguez-Lopez que se afirma como um dos maiores guitarristas do momento, e se dúvidas ainda há, basta ouvirem o album que ele lançou ainda á pouco tempo a solo "A Manual Dexterity Soundtrack: Volume One". Omar e Cedric Bixler Zavala são uma das maiores duplas no actual mundo musical, tal como o haviam demonstrado na sua banda anterior (At The Drive-In, desculpem uma vez mais a comparação).
Comparo "Frances The Mute" a um quadro de Picasso, um autentico épico, a ser descoberto o mais depressa possível.

Queens Of The Stone Age

"Pois é, vamos lá fazer aquilo que eles querem!". É assim que pode ser encarado este novo album de Queens Of The Stone Age, "Lullabies To Paralyze". Mas vamos por partes. A grande duvida aqui seria como iriamos encontrar os QOTSA depois da saída de Nick Oliveri, e não há duvida que houve muitas mudanças, e o mais importante, eles sobreviveram. Quer queiramos quer não, os QOTSA são uma banda que já não precisa de provar nada depois de 3 obras-primas que foram os seus antecessores albuns. Josh Homme o agora líder incontestável da banda resolveu jogar no seguro, "Se isto correr mal, pelos menos fazemos umas massas".
O album promete muito. Abre logo com a contribuição de Mark Lanegan que havia sido um dos grandes trunfos dos albuns anteriores, é uma pequena faixa com 1 minuto e pouco, mas infelizmente a participação dele fica por ali. A partir dali eles embalam para uma sonorização algures entre o stoner rock que eles nos haviam habituado e uma sonoridade mais virada para o pop. Algumas das musicas têm tudo para vir a ser um sucesso radiofónico, "Little Sister" já o é, talvez por ser uma musica de QOTSA. A seguir ainda outras virão, eu apostava em "In My Head" e "I Never Came", mas eu prefiro aquelas em que ainda se notam alguns vestigios do passado como em "Medication" ou "Tangled Up in Plaid".
Mas agora eu pergunto. Vamos atirar-lhes pedras por causa disto? Não. Os rapazes agora fazem parte do circuito mainstream, era inevitável, e este é capaz de ser o album mais profundo até á data dos QOTSA Não é um grande album, mas vá lá, tirem o chapéus aos senhores...